O trabalho psicopedagógico visa compreender a situação de aprendizagem do indivíduo no seu próprio contexto.
Não existe um procedimento padrão para a atuação do psicopedagogo. Os casos são únicos e exigem do profissional atitudes específicas em relação a situação apresentada.
Podemos dizer que a psicopedagogia tem seu espaço na instituição e na clínica. Cada espaço implica em uma metodologia distinta de trabalho, embora sempre considerando o ambiente familiar, a escola e a comunidade em que o sujeito está inserido.
Psicopedagogia Institucional
Já podemos encontrar trabalhos psicopedagógicos sendo desenvolvidos em escolas, empresas, hospitais, creches e organizações assistenciais. Neste caso o sujeito é a instituição.
A característica da psicopedagogia institucional é a intencionalidade do trabalho, isto é, atuando-se diretamente na construção do conhecimento do sujeito, a instituição com sua filosofia, valores e ideologia.
A psicopedagogia pode atuar em diversos contextos, independente da área de atuação da instituição (Fagali, 1998). Nas empresas, por exemplo, pode-se atuar na área de treinamento, trabalhando as diversas formas que se apresenta o aprender e seus caminhos para a resolução de problemas e implantação de projetos; nos hospitais, o trabalho poderá acontecer em forma de oficinas psicopedagógicas; nas escolas pode-se trabalhar buscando a identidade da instituição através de um diagnóstico da escola e também instrumentalizando professores e os demais funcionários sobre as diversas formas de aprender.
Psicopedagogia Clínica
O atendimento clínico se dá em consultórios. O profissional procura saber porque o indivíduo não aprende alguma coisa, o que ele aprende e como.
Segundo Bossa (2000), o psicopedagogo clínico pode ajudar de diversas maneiras, relatarei algumas:
· Através de uma conversa com a criança, para ajudá-la a perceber e entender suas dificuldades;
· Desenvolver capacidade de simbolizar através de diversas brincadeiras;
· Trabalhar regras, atenção e concentração através dos jogos;
· Mostrar o acerto através do erro;
· Orientar os pais e a escola sobre a melhor maneira de lidar com as dificuldades apresentadas pela criança.
O trabalho inicia-se com uma avaliação psicopedagógica, seguido do tratamento (intervenção) ou ainda de encaminhamentos para outros profissionais.
A avaliação e o tratamento psicopedagógicos podem variar de acordo com a metodologia escolhida pelo profissional consultado.
Bibliografia
BOSSA, Nádia A . Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, ArtMed, 2000.
FAGALI, Eloísa Q. Por que e como Psicopedagogia Institucional in Revista
Psicopedagogia 17(46) – 1998.
FAGALI, Eloísa Q. Múltiplas Faces do Aprender. São Paulo, Frôntis, 2000.
Autora: Claudia Rossi
Especialista em Psicopedagogia (PUC/SP)
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